Previsões (possíveis?) para 2013

As apostas do mercado de tecnologia móvel para o ano que começa

Displays de retina, melhores câmeras, recursos de vídeo avançados e aparelhos cada vez mais leves e compactos foram alguns dos avanços que vimos em 2012 no mercado de tablets. Mas a inovação continua em 2013.

Confira a seguir algumas apostas tecnológicas para o mercado no ano que começa. 
[ Displays de OLED ]
Os displays de alta resolução em LCD da Apple e da Google chamaram a atenção em 2012, mas o próximo passo promete ser na direção dos displays de OLED.

Os displays de OLED (díodos orgânicos emissores de luz) têm sido utilizados em monitores de transmissão e telas bem menores, mas as melhorias na sua produção podem significar melhor desempenho da cor em telas maiores. Além disso, a flexibilidade das moléculas poderia trazer ao mercado smartphones e tablets com telas flexíveis muito em breve.

A DisplaySearch, empresa de consultoria e pesquisa do mercado de displays, previa que a utilização das telas em AMOLED (Matriz-Ativa de Emissão de Luz Orgânica por Diodos) atingiria a marca de 191 milhões de unidades ainda em 2012. E o número pode triplicar até 2015.

Raymond Soneira, cientista americano especialista em displays da empresa DisplayMate, avalia a tecnologia ainda pode melhorar muito.

"Os displays de OLED são muito caros, têm brilho baixo em comparação com os de LCD e ainda são ineficientes de energia em comparação com os concorrentes, por isso ainda não são viáveis para tablets", disse o especialista em uma conferência no início de 2012.
[ USB 3.0 ]
A próxima geração de USB (SuperSpeed USB 3.0) foi ajustada para operar de forma muito mais rápida do que as conexões USB que vimos até agora.

O USB 3.0 promete trazer taxas de transferência de dados entre dispositivos mais rápidas, em teoria até 10 vezes mais que o USB 2.0 (4.8 Gbit por segundo contra 480Mbit por segundo). A compatibilidade é assegurada com USB 2.0, embora a prometida grande velocidade da nova versão ficará atrelada a da versão antiga.

O que isso significa para os usuários? A nova tecnologia promete ser incluída nos novos tablets que utilizam Windows 8 em 2013. Se você pretende adquirir um, pode se dar bem com a novidade. 
[ NFC ]
A tecnologia NFC (comunicação entre dispositivos próximos) permite, entre outras coisas, que dados sejam passados entre dispositivos através do toque entre eles. Pagar uma conta, ou mesmo seu bilhete de metrô, utilizando o smartphone como cartão. Já é uma tecnologia disponível em telefones Samsung Nexus. Rumores contam que a Apple pode estar planejando utilizar uma tecnologia semelhante em seus próximos iPhones e iPads.

Apesar de normalmente ser conhecida como uma tecnologia ligada a “pagamentos digitais”, o Android Beam da Google (tecnologia que permite a transferência de fotos através da aproximação entre aparelhos) mostra que há muito mais potencial para a inovação.
[ Comandos de voz ]
O Siri e o Google Now são os grandes inovadores neste nicho atualmente, prometendo oferecer resultados de pesquisa na web, direções no mapa e até mesmo digitar mensagens em de texto usando a voz do usuário.

Enquanto Siri é restrito apenas para dispositivos iOS, o Google Now anda a passos largos no mercado de smartphones e tablets que utilizam o sistema Android.

Junto com o Nuance Dragon Dictation, usado no sistema Apple, os softwares podem ser os grandes jogadores no mercado atual, mas o mercado é grande e a concorrência está de olho. Um grande número de especialistas em reconhecimento de voz tem tentado fazer parte do nicho e estabelecer parcerias com fabricantes de tecnologia móvel. 
[ Processadores mais rápidos, com maior vida útil da bateria ]
Processadores cada vez mais rápidos é o que todos queremos e temos visto ao longo dos anos. As maiores inovações de 2012 foram o processador Intel Ivy Bridge e o surgimento do quad-core Tegra 3 em tablets Android.

O ano que começa hoje pode ver crescer a concorrência entre ARM, Intel e AMD, agora nos dispositivos Android e Windows 8. Rumores contam que a Intel pode estar negociando com a Apple sobre um contrato para fabricar chips para o iPad.

A rivalidade entre as empresas parece já estar surtindo efeito. A Intel supostamente estaria pronta para lançar o próximo conjunto de processadores Ivy Bridge com clock de 1.1GHz Premium para 1.5GHz Core i7, que exigiriam muito menos energia do que os anteriores (17W dos modelos da geração anterior contra 7W nos futuros, afirmam fontes ligadas à produção dos mesmos).

Também existe grande burburinho em torno do Tegra 4 da Nvidia.
[ Conectividade 4G e WiGig ]
Conectividade 4G LTE oferece uma conexão mais rápida e mais confiável do que o 3G e promete ser destaque na maioria dos novos smartphones e tablets chegando ao mercado daqui para frente.

WiGig é uma tecnologia de comunicação sem fio que permite que dispositivos se comuniquem uns com os outros a taxas de transferência de dados de até 7 Gbit por segundo, cerca de dez vezes mais rápido do que a do WiFi. Entretanto, a utilização depende que os dispositivos estejam ligados em um raio de até 3 metros de distância.

Recentemente, a Panasonic mostrou a utilização da tecnologia em cartões SD em um carro, com um vídeo indicando que DVDs Full HD poderiam ser transmitidos através de tecnologia sem fio em apenas um minuto.

WiGig não é a único novidade no mercado. A fabricante de chips Silicon Image também está trabalhando em chips de baixo consumo 60GHz WirelessHD, que podem permitir transferência sem fio de vídeo para smartphones, tablets e TVs em casa, sem interferência de outros sinais sem fio.
[ Resistência à água ]
Uma das grandes atrações do Congresso Mobile World (MWC) na Espanha, em março passado, foi ver vendedores submergindo tablets em grandes tanques de água.

Um número crescente de fornecedores anda, cada vez mais, de olho nessa possibilidade de criar dispositivos à prova d'água. É o caso da Fujitsu e da Motorola, bem como de fabricantes de acessórios como a P2i, um spin-off do Ministério da Defesa do Reino Unido.
 
[ Feedback tátil ]
O feedback tátil já está presente em alguns smartphones e tablets, mas pode tornar-se mais refinado em 2013.

A tecnologia envia um feedback sensorial ao usuário quando este utiliza uma tela sensível ao tato. Muitas vezes é usada para informar ao usuário que uma tarefa foi concluída ou para dar ao usuário a sensação de texturas diferentes.

As possibilidades de resposta tátil seriam ilimitadas. Há a possibilidade de adicionar textura a imagens publicitárias e os desenvolvedores de aplicativos poderiam integrar a tecnologia em seus aplicativos para melhorar a experiência do usuário. As empresas que produzem tablets certamente estão interessadas nesta tecnologia, até porque ela poderia ajudar a evitar erros de digitação no aparelho.
[ Controle através de gestos ]
Já utilizada no Xbox Kinect da Microsoft, em alguns sistemas CAD e em controles remotos de TV inovadoras, a tecnologia de controle através de gestos muitas vezes dependem de sensores infravermelhos para detectar movimentos.

Em teoria, a tecnologia pode se expandir para alguns tablets que podem vir a ser controlados sem que o usuário tenha que tocar na tela.
[ Rastreamento óptico e reconhecimento comportamental ]
Ambas as tecnologias já foram demonstadas em exposições públicas no ano de 2012 e são uma aposta para um futuro não muito distante.

A tecnologia de reconhecimento comportamental capta o movimento do corpo e as analisa isso através de algoritmos de software, o que significa um tablet poderia, por exemplo, se desligar se o usuário estiver olhando para longe. Essa tecnologia já é utilizada em algumas TVs conectadas à Internet.

E embora possa soar como algo vindo diretamente de um filme de ficção científica, o rastreamento óptico parece uma possibilidade real para os tablets do futuro.

A tecnologia utiliza essencialmente medidores de onde o usuário está olhando na tela do tablet para ajustar seu conteúdo, uma característica que poderia ser um benefício potencial para os anunciantes digitais.

A empresa sueca Tobii tem um protótipo de tablet com sistema Windows com uma interface controlada a partir do olho do usuário. Outra pesquisa, desenvolvida por dinamarqueses, pode ser conferida aqui.


E vocês, apostam em alguma das previsões para o ano que começa?

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